Ele a observava. Os
olhos atentos a cada mover que ela fazia enquanto se expunha naquele palco.
Fora no momento em que ela entrara guiada pelas mãos do leiloeiro que todo o
resto perdia a cor ao redor. Naquele momento ele soubera que ela o pertencia e
o sorriso fora deixado aos lábios, alheio aos gemidos que vinham da escrava a
seus pés. O leiloeiro seguia para a frente do pequeno palco e era possível a
ele perceber as exclamações a respeito, quando a pele dourada da mulher se
exibia um pouco mais ao tocar os pés no circulo causado pelo canhão de luz.
Sabia que naquele momento ela despertava o interesse dos outros que estava ali.
Ele sabia e muito alem disso ela sabia. Quando era puxada pela leash e exposta.
O fino tecido branco diáfano que marcava suas curvas e alimentava a imaginação
dos homens e mulheres que aguardavam o leilão. Ela mantinha o nariz altivo, não
encarava nenhum nos olhos mas não olhava para baixo como a maioria que ali fora
exposta fazia.
O leiloeiro falava
algo como o lugar de onde ela havia vindo, das qualidades de dançarina que ela
possuía. Era possível ver as joias que adornavam seu corpo completando o visual
perfeito. Era a peça mais cara da casa, nada mais justo que viesse talhada como
tal. O leiloeiro deixava a vareta deslizar por seu queixo bem desenhado e fino.
Pela boca vermelha e carnuda que se exibia num sorriso provocador para todos
aqueles que estavam agora ali a seus pés a desejando. A vareta deslizava
levemente pelo pescoço esguio, brincava com o decote que o fino tecido proporcionava
revelando as curvas dos seios fartos que se exibiam altivos e protuberantes, o
biquinho marcando deixando a sombra delicada dos mamilos enrugados e provocados
exibirem-se aos olhos, ainda mais assanhados pelo deslizar daquela vareta.
Seria impossível a ela impedir a reação do corpo. O respirar que vinha forte era
contido junto com o fisgar que lhe vinha entre as pernas. Não quando a
varetinha brincava com seu ombro mas quando os olhos encontraram os dele.
Por segundos era como
se pudesse sentir o calor das mãos daquele homem a substituir a vareta. Era
como se os dedos firmes e fortes daquela mão que segurava o copo de whisky
estivessem agora a brincar com a alça fina e adornada por anéis dourados de seu
vestido. Ela piscou por duas vezes sentindo o formigar que lhe subia entre as
coxas. Tentou desviar os olhos mas era mais forte do que ela ou mesmo do que a
voz do leiloeiro que acabava de iniciar os lances e ele se mantinha calado. Não
dizia nada, não fazia qualquer sinal que não aquele de manter os olhos sobre
ela. de faze-la sentir como se o calor daquela boca marcada pela barba por
fazer percorresse sua nuca, seu lóbulo a fazendo arrepiar de imediato e o
biquinho do seio se ouriçar ainda mais. Conteve o gemido que insistia em querer
escorregar-lhe dos lábios e naquele momento ela sentiu-se molhar. Por frações
de segundos fechou os olhos e tinha a total certeza de que era ele, o corpo
dele o peito dele que se exibia pelos poucos botões abertos da camisa negra que
estava ali atras dela.. deslizando o dedo pela alça do vestido fazendo com que
o tecido branco deslizasse fácil, vencendo a resistência dos seios empinados
que insistiam e m segura-lo um pouco mais sobre o corpo. E por alguns momentos
não sentiu o frio que percorria a sala beijar-lhe a pele, não. Havia o calor
daquele olhos acinzentados queimando cada milimetro de pele por onde passava.
Sentiu o fisgar, o
melar que se exibia ligeiramente na pele entre as coxas. E a vareta que tocava
seu quadril, entendia que deveia virar-se. Exibir-se mas para quem se apenas
aquele cheiro que vinha dele parecia preencher o lugar. Se eram apenas os olhos
dele que a avaliavam!? Virou-se, tendo a certeza que daria de frente com ele. E
que eram seus dedos que ganhavam o espaço entre as pernas e o gemido veio forte,
acompanhado de um tremular da voz, que tensionava sair da boca entreaberta.
Quando o dedo esfregava-se ali, ganhava a rigidez de seu clítoris e a fazia
prender o ar, a voz, apertar a coxa o segurando ainda mais ali. O mover lascivo
do quadril que vinha em seguida fazendo o dedo dele deslizar mais fácil e
melado entre as pernas.. os gemidos que vinham com o fechar dos olhos.. Não
resistia.. a mão tomava a dele a segurando ali.. inclinava o rosto para o lado
revelando o pescoço, deixando-se ser beijada, mordida.. sentindo aquela língua
áspera a deslizar sobre a pele marcando território. O gemido vinha mais alto,
mais intenso.. apertou a mão ali cravando as unhas.
Naquele momento não
importava mais o leiloeiro ou a quantos estavam os lances por seu preço. Não
importava se brigavam para te-la. Nao importava nem mesmo os gemidos que eram
provocados pelos seus gemidos. Apenas importava o gemido rouco e alto que ela
soltava quando sentiu os dedos a penetrarem. Abriu os olhos de uma vez como se
buscasse o ar para respirar.. contraindo-se inteira na intenção de segura-lo
ali dentro dela, de suga-lo para si como uma boquinha ansiosa e faminta. O
ruido do mover dos dedos dentro dela.. o quadril que subia e descia ali mesmo,
buscando algo que só ele poderia dar, somente ele a faria sentir.. e vinha.
Vinha intenso, forte,lascivo a abrigando a ter nuances da realidade quando o
via a assistindo, e não ali. Quando percebia enfim que eram os dedos do
Leiloeiro, que tinha a mão a sangrar pela forma forte e intensa com a qual
cravava suas unhas na mão. Mas era tarde pra segurar aquela dorzinha que coria
desde os mamilos que pareciam empedrados e entregues ao vento e percorriam sua
coluna, seu coccix se alojava ao ventre e descia quente, vertiginoso e úmido,
escorrendo em jatinhos na mão do leiloeiro. Vinha com o arquear do corpo e o
gemido alto entregue. Com o suor que pingava do corpo, com a moleza que
arrebata as pernas. Os olhos azuis não desviavam dos dele.. o respirar ofegante exibia o tronco a subir e
descer apressadamente. Só então conseguiu escutar as vozes ao redor e era a
dele que se sobressaia.
- È minha. – ele avisava
O silencio se fazia e
o leiloeiro cheirava o proprio dedo melado do gozo que ela entregara. Sabia que
agora estava decidido. Ele a queria. Ela era dele. E a leash era entregue.
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