A ligação - By Master Draco.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A chuva caia emoldurando a noite alta. Ela havia se preparado. Tomara um belo banho, untava o corpo com o óleo mais perfumado. Preparava-se para recebê-lo. Parava diante do closet imaginando que tipo de roupa iria vestir desta vez. A única certeza que se fazia e lhe arrancava um sorrisinho safado era a de que não deveria ter nada por baixo. Ele não gostava de qualquer tecido que ocultasse sua feminilidade. Mordiscou os lábios e um arrepio lhe percorreu a espinha ao imaginar os dedos dele percorrendo seu corpo, deslizando pelas reentrâncias, brincando com o mamilo dos seios que já respondia ousado pela simples lembrança. Respirou fundo. As pupilas dilatadas pela lembrança. Pensava em usar um vestido soltinho preto, ou mesmo um longo vermelho, mas optava então pela decisão mais acertada, uma que ela tinha certeza do quanto o agradaria. Vestiria o nada. Somente a pele dourada e perfumada.

Os cuidados do jantar já haviam sido tomdos, haviam velas por todo o apartamento dando uma atmosfera meia luz que era completada pela luz da cidade que invadia as janelas. Os ruídos dos automóveis que se misturavam aos passos que ela dava para a sala quando escutava o toque melodioso do telefone. Os dedos ansiosos iam ao aparelho e o coração palpitava pela resposta dada pelo Bina. Era ele. Respirou fundo e atendia. A voz do outro lado era contornada de ruídos.

- Onde você está? – Ela perguntava, sentando na poltrona. Os olhos de um azull intenso voltavam-se para a janela. Do outro lado da linha ela podia escutar a leve risada. Presa, rouca, que arrepiava a nuca.

- irei demorar um pouco mais.. – Ele respondia.

- Um pouco mais quanto?

- Um pouco mais o necessário... – ele sorria. Sabia o quanto ela detestava respostas incompletas e provocava – Mais algumas horas.

- Hmm.. eu estou esperando você.. – pensava se dizia ou não a frase que vinha em seguida...pensara em calar=se mas a fisgada que se fez entre as pernas lhe atiçavam a começar o jogo. - ... nua.

Ele sorriu. E ela queria poder parar o tempo naquele momento. Tinha certeza que molharia pelo sorriso lascivo que escutava do outro lado e que lhe trazia a memória das vezes que ele sorria com a boca em sua nuca... com os lábios a deslizar pelo lóbulo quando a fodia. Tremeu com a dor que vinha lhe melar a buceta.

- Nua?

- Uhum... – a voz saia tremula. Ansiosa e não conseguiu evitar que o dedo acabasse por brincar com o mamilo eriçado que assanhava-se ao toque. Como se lembrasse da boca dele lhe chupando a alma. A boca macia que cismava de deslizar pelo corpo, que se atinha ao seio e o abocanhava como se fosse o ultimo alimento da face da terra. A língua inquieta que deslizava pelo biquinho durinho. Que provocava os arfares e arrancava os gemidos dela. Naquele momento apertou a perna, deixando a mão deslizar para o meio dela.

- Vá busca-lo... – era a ordem dada. A voz que vinha rouca do outro lado. Não titubeava e nem permitia resistência.

- Agora?? Mas.. onde você está?

- Agora. – Ele não se dava ao trabalho de responder a pergunta. Apenas reforçava a ordem. Altivo. Ela não questionava mais. Murmurava um sim e saia deixando o aparelho sobre a poltrona. Os ruídos dos passos que os pés delicados faziam no assoalho poderiam ser escutados junto ao barulho da chuva na janela. Ela voltava minutos depois. Trazia no rosto fino o sorriso matreiro de quem mal acredita no que está por fazer. Olhava a caixa que tinha em mãos. Um presente dado por ele e nunca usado. Não acreditava que seria capaz de usar algo como aquilo. Nem mesmo que iria acompanha-lo a uma sex shop e escolher. Respirou fundo tomando de volta o aparelho.

- Pronto.. estou aqui.

Ele sorria novamente. A certeza de que ela fizera como ordenado vinha com o barulho da caixa que ele mandava abrir. E ela obedecia. Os olhos azuis vidrados no objeto. Quase perdeu o ar ao tocar a textura siliconada do vibrador. Era tão real. O respirar ofegante impedia que ela manuseasse o aparelho. Apenas abria a caixa e se mantinha a observar, lutando com apertares da coxa a cada fisgada que a buceta lhe fazia. Apertava as pernas em agonia.

- Agora tome-lo.. ligue. Quero ouvir o barulho que ele faz.

Ela respirava fundo, e ligava. O zumbido do aparelho se fazia escutar do outro lado e teve a certeza de que ele sorria.

- Agora abra a perna.. quero que a deixe aberta.. exposta. Que o grelo fique durinho apenas por ser tocado por ele.

Arrepiava por completo. Sentia o mel viscoso melar a virilha, a coxa. E apertava-se. Respirava fundo e não conseguia negar a ordem. Abria as pernas que insistiam em manter-se apertadas num friccionar do grelo. Exibia-o.. como se o tivesse sentado ali diante dela, na poltrona da frente. O vibrador era levado a buceta. Rijo e inquieto esfregava-se lentamente ao grelo, provocando.. deslizava pela fenda até a entradinha. Ela não conseguiu conter e gemia. As mãos tremulas afastavam o aparelho.. para então voltar a esfrega-lo um pouco mais.. erguendo o quadril na direção dele. Os olhos fechavam-se para ter a certeza da presença dele ali, diante dela. Os olhos verdes que a devoravam a cada mover lascivo da mão. A cada esfregar que melava ainda mais a glande. Arqueava a cabeça.. a boca aberta em arfares. Prendia o gemido mordendo os lábios.

- Bom.. agora quero que sente nele.. coloque-o embaixo de você.. e senta..

Ela arregalava os olhos. O susto da fala ligado ao respirar inquieto e forte.

- Enfiar ele? – Ela perguntava em duvida e sabia a resposta.. deslizava a língua por ele antes de erguer um pouco mais o corpo.. ajoelhar-se na poltrona. E coloca-lo em pé sob ela. Ele aguardava a concretização de sua ordem. Aguardava ouvir os gemidos que ela dava quando possuída. E vinha aos poucos. Quando ela titubeava ante sentar sobre o pau de silicone. Gemia a cada deslizar do vibrador para dentro da buceta. As carnes inchadas, que prenunciavam em engoli-lo com vontade. Como se dependessem dele para viver. Gemia mais alto. Quando os anéis iam tendo o vibrador a deslizar por eles, quando o sentia bater fundo como ele fazia com ela quando a tomava. Fechou os olhos e pode se ver sentada sobre ele. Gritou. Os dedos tocaram o testículo de silicone. Deslizaram pelo pouco que sobrava da base enfiada nela. Sorriu entre os gemidos ao senti-lo inteiro dentro.

- Está gostoso... engole ele.

Ela obedecia.. rebolava como se tivesse o pau pulsante dele a penetra-la daquela forma inteira. A Mao deslizava ao seio. Apertava-o.. o quadril iniciava a dança sobre ele. Movia-se com vontade, com força.. sentindo-o entrar e sair com violência. Contraia a cada gemido que dava a cada respirar mais denso que escutava do outro lado da linha. Era como se pudesse sentir o respirar dele em sua nuca.. As maos fortes que sempre lhe afastavam as pernas e ela as abria ainda mais, deixando o grelo exposto, frágil. Deslizava a mão pelo abdômen, entre os gemidos que escapavam da boca. Eles desciam, tomando o caminho do sexo. Deslizavam sobre o grelo, apertando-o a cada estocar que ela dava. Em desespero batia nas próprias carnes.. na virilha. .na parte interna da coxa. Gemia mais alto..

- Isso.. isso minha vadia. Senta com vontade no meu pau...

A voz que vinha do aparelho se misturava com a que brotava nas lembranças e ela obedecia, totalmente entregue ao prazer que sentia. Os dedos deslizavam pelo sexo.. seguiam pela coxa, melados, tomavam o caminho do quadril e ela abria, como quando ele a queria provocar e afastava sua bunda apenas para ter a visão perfeita do anus que se contraia inteiro pelo pensamento de ser penetrado. De quando ele passava o dedo convidando a abrir.. quando o dedo melado por ela escorregava para dentro ansioso.. gemeu mais alto ao se ver penetrando o próprio anus enquanto sentava avidamente no vibrador.

- Ah meu deus.. – Gemia. Os movimentos se tornavam violentos. O ruído das coxas batendo contra o tecido da poltrona. Arqueava o corpo. Deixava que ele pesasse sobre a poltrona.. que se abrisse ainda mais quando as mãos afooitas buscavam o vibrador para penetrar ainda mais forte.. mais intenso. Mal ouvira os ruídos que se faziam do lado de fora. Não havia mais chuva, não havia mais transito. Havia apenas o ruído do vibrador que deslizava pela carne molhada e quente, que chocava-se com a coxa.

- Eu.. eu vou..

Mal tinha tempo de avisar o que estaria por vir, para sentir as mãos que arrancavam o vibrador deixando de lado. Os olhos se abriam assustados para ter a visão dos olhos verdes sobre ela. Do corpo que vinha toma-la. Do pau que a invadia de uma única vez. Dos movimentos intensos do quadril dele em direção ao dela. Do peso do corpo. As unhas grudavam-se nas costas largas, arranhava, arrancava o sangue, o mordia em desespero. As estocadas violentas, o ruído de cada entrada na buceta melada. O grelo que era açoitado violentamente pelo corpo no dela. Revirava os olhos.. as pernas trançavam-se nele tentando impedir que saísse de dentro dela..

- Eu vou.. eu vou..

Ela tentava avisar. Tentava dizer e então ele vinha. Vinha entre os gritos de prazer, de ânsia. Vinha em espasmos violentos do corpo. Vinha com os dedos dela enfiados na buceta melada, com o vibrador que ainda pulsava dentro dela. Com o ofegar que a impedia de responder quando escutava a voz do outro lado. Vinha o gozo que roubava os sentidos e a deixava inerte. Tentava recobrar a voz, o respirar. O mover do corpo.. as pernas que se recusavam a fechar.. as mãos que se recusavam a tirar o vibrador de dentro. Mal teve voz para responder quando ele falou novamente.

- Estou chegando... deixe-a assim. Vou limpa-la inteira.

Ele sorria.. finalizava a ligação. Ela permanecia ali. O corpo tremulo em espasmos. O relaxamento que vinha em seguida.. Retirava o vibrador.. as pernas, permaneciam abertas sobre a poltrona como seu mestre ordenara. Esperaria por ele como uma cachorrinha obediente.

2 comentários:

Milla... disse...

Muito bom texto, Senhor Draco...
Adorei o conto.
Tão bem elaborado que permite ao leitor vivenciá-lo, participar da cena, de um modo ou de outro.
Aqui, já estou a segui-lo.

Milla de Morpheus

Unknown disse...

Acompanhei cada cena... sentí cada emoção!
Obrigada,

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